sábado, 21 de janeiro de 2012

Meu coração...castrado ?

O amor, sinônimo de pureza ? tantos tipos de amor, qual é o amor que procuro ?






Será que procuramos o amor, ou ele é algo nato de nossa escura existência por um vazio interminável de sentimentos nada civilizados e tentativas inocentes de torna-los polidos, para apenas mentirmos a nós mesmos, que somos capaz do impossível. ou é possível ?

Dói.

Algo dói em mim, dói tanto que me paralisa, dói tanto que me cala, dói de uma forma insubstitúveil, é a dor de uma solidão inquieta, uma solidão aceita, é o índividuo, sou eu, existe nós ?


Eu..nós ? O amor que dizemos existir nos completa ? Eu sei que existirão sempre eu..e mais elas..e mais eles...e todas outras, e todos os outros, o que é isso ?
Tentativas sucessivas de amar alguém ? e depois...um recomeço com a pessoa certa ?
como eu posso ser a pessoa certa ? se elas ainda existem...e como elas podem ser...se eu existo...esquecer é impossível, sentimentos são lembranças e frios na espinhas são avisos, é impossível esquecer, mas é possível não demonstrar uma nostálgia tão sofrida do outrora...ou não ? Então ela é mais forte que nosso amor. sempre foi. sempre será. Não posso renunciar minhas pecularidades e minha dor solitária, não posso renunciar uma vida, por apenas uma visão do amor.






ou posso ? e se elas...forem as certas para ti ? e se o amor nunca existiu.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Insanidade transparente

Mesas avulsas dançam enquanto garrafas vazias se multiplicam, entre um olhar e outro, percebe-se que os olhos miram para os pés, para abaixo, escondendo a insanidade transparente de uma busca trêmula para um assunto interminável, absoluta felicidade superficial, limitada em sua boca pálida efusiva que entre beijos e eternidades se destrói em sua própria saliva.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

can we be heroes just for one day ?

Uma sensação de uso desenfreado, um abuso, alguém parece estar estar usando, alguém está te usando, alguém...por que nunca entregamos os nomes ? Tento parecer o mais distante, não usando nada que possibilite a reflexão de que seja algo comigo mesma, a confusão admite um emaranhado de paranóias e claustrofobia mental permanente, exige um desânimo, uma anulação do meu existir se torna sólida ao escapar por entre meus dedos, a certeza de que alguém me ama. Será o meu ego murchado pela afirmação de semelhanças com outros, a originalidade dispersa entre outros momentos de prazer e romance em que eu não existi, cenas formadas por indecência e felicidade envolta de minha imaginação dominadora e triste, minhas mãos trêmulas diante da contemporaneidade piegas da comunicação, pelos assuntos normais, não parece existir outra explicação, não pode uma pessoa ser única ? acaba. termina. cessa. que adianta a indiferença, quando ela não deve partir de ti e sim de terceiros...então eu me perco no mundo em que vivo. eu me perco nas pessoas. eu me perco nas ruas, e nos gritos, e eu me perco e não acho uma solução.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer

Os começos sempre são frescos, e exalam a estação ao quais se iniciaram, parece nunca acabar e o novo é tão desperto, não se come, não se dorme, só se sonha, só o pensamento em nada e em tudo, um novo paradoxo perdido, outrora uma coloração aveludada desgastada agora cores nunca vistas, arrepiam a nuca e fazem, o estômago sentir um friozinho de leve. Mas então vivemos lembranças não nossas, não consigo aceitar o apego ao que já foi, não consigo dizer, pois o que disse, é o que já pensou, e se pensastes agora, como sei que não passas os dias, vivendo, com alguém que não sou eu. E então existem defeitos, e existem situações ao quais queremos fugir, e eu fico perplexa, de como não sei, do que eu sempre pensei saber, e devemos continuar ou ir embora. o trauma sobrevive em ambas decisões. Vai acabar sendo a marca da história, e o ínicio, ele era assim mesmo ?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Meu caro amigo, eu não consigo acompanhar você...

A temperatura tem oscilado em dias frios, úmidos e nublados, e em dias quentes, úmidos e parcialmente ensolarados, fica tão díficil conseguir distinguir nossas palavras, daqui alguns anos serão rugas, as expressões ultrapassadas de quem não sabe o que dizer, de quem não sabe o que ouvir, de quem não sabe sentir, ou seja, todos nós.
Um desconforto ali, uma dor passageira lá, um sorriso forçado por entre nossos pensamentos obtusos e frenéticos sobre o que poderia ser, se não fosse


Eu descobri há muito tempo, mas nunca quis acreditar, que a ficção, me aproxima mais da realidade do que a minha própria vida.



Não estou conseguindo acompanhar nem a mim mesma nesse mês de junho...eu já não posso viver a vida que eu podia viver.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

You know in a year, it's gonna be better You know in a year, I'm gonna be happy

Eu sei, nós sabemos, todos sabem, todos saberão, eu saberei, e é isso. Mas...problemas, existe o egoísmo melancólico de deixar apenas para nós, o amargo gosto da tristeza contínua, existe o vício egocêntrico, de doar apenas a si mesmo, a dor de sentir o inexplicável medo de seguir em frente, e existem tantas nuances em lágrimas incolores e fugazes, que definir acaba se tornando, a mesma coisa que julgar.




Não sei se são as músicas, não sei se é imaturidade, não sei se são os filmes, não sei se são todos, ou apenas eu mesma. Não saber já é a certeza, das probabilidades multíplas, de nossos pequenos e desastrados atos, para nós tornarmos pessoas melhores. nem sempre dá certo.

sábado, 12 de março de 2011

Ataque de pânico

O barulho dos seus passos foi substituído por uma respiração ofegante, e logo depois pelos barulhos urbanos ao qual nossos ouvidos nem percebem mais, mas que anulam os sons que realmente deveriamos ouvir, estando em uma rua movimentada é difícil surtar ou ter algum comportamento ilógico e irracional, é difícil sermos nós mesmos, enquanto se misturava com as pessoas que se esbarravam constantemente, em uma trilha de asfalto e pedras mal encaixadas, as luzes de neon, a iluminação artificial e as vitrines reconfortantes com distrações consumistas, conseguiam dar uma sensação de espaço, de se estar no habitat natural, porém a melancolia que irradiava, sim, irradiava dos olhos castanhos, que agora refletiam sua própria imagem em uma poça d'agua era de longo alcance, sem propósitos e promessas, sem algum peso que condenasse sua existência a uma rotina, ou pelo menos a uma perspectiva de acontecimentos reconfortantes e cotidianos, a única coisa que parecia existir, era a certeza que de tão efêmeras que são as coisas, talvez por ora, também fossem tão descartáveis, a idéia de uma substituição barata,de detalhes banais e uma indiferença conveniente, presente em todas relações, em todos relacionamentos, em todos diálogos, um cinismo envolto pela afeição, e pelo medo, de conseguirmos colocar nomes e significados, ao que tentamos não sentir.
Então existe uma perda parcial da realidade, a respiração é demasiadamente prejudicada pelos pensamentos, o mundo gira em torno da nossa confusão, e da nossa insignificância, um grito interno, um calafrio e um pequeno descontrole sobre nossos movimentos, por um momento, o pânico total, choro desesperador, e então, de tão efêmera a vida, até o pior ataque de todos, e a pior noite, passam. e as pessoas também.