terça-feira, 27 de julho de 2010

Os famosos e os duendes da morte






Nós nos limitamos a um território, as pessoas, a mesmice de um cotidiano que transborda descontentamento e verdades questionáveis, e tudo isso vivendo em uma metrópole ao qual existe o movimento,os sons urbanos que passam quase despercebidos a nossos já quase surdos ouvidos, em uma cidade do interior tudo pode ser bem mais claustrofóbico e de difícil fuga, e é isso que salienta tal película, os famosos e os duendes da morte. Os diálogos não são tão importantes quanto as carícias visuais que recebemos de difícil descrição, o filme mesmo seguindo um ritimo moderado e uma história linear, desbosta o previsível com os devaneios do protagonista sem nome, e sem muitas motivações para enfrentar a realidade, que sonha acordado em nuances de uma realidade que bem queria ter. É desnecessário rotular o filme como um quadro da adolescência, ou querer caracteriza-lo como um filme para o público emo, acho que ao assistir o filme, sentimos o protagonista sendo reduzido, a todas as descrições rasas que a indiferença das pessoas causa, a solidão e o tédio quase que insuportável estão presentes na vida de todas as faixas etárias, mesmo que consigamos esconder bem, todos nós temos um sonho em particular, de cruzar alguma ponte que depois do nada, nos leve a um lugar em que realmente seriamos felizes.
Uma frase do filme que captura a essência talvez, do pouco de esperança que nos resta, é "Estar perto,não é fisico" , talvez seja por isso que as vezes, mesmo nós estando juntos, nos sentimos vazios.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sem você, a emoção de hoje seria pele morta da emoção do passado.




Distantes,é o que posso dizer,incomunicáveis,é a insistência da repetição de erros de outrora,não cometidos por mim,não cometidos por ninguém,mas que por algum mistério de nossos tristes finais de tardes sem se ver,pelos anos novos que não passamos juntos,pelos natais desperdiçados em um único suspiro de saudade,da falta do conforto,da falta do carinho,da pessoa que eu mais tenho a dizer,mas que menos tenho a falar,será que já nos acostumamos ? espero que nunca, mas eu não tenho respostas,não tenho justificativa para a distancia,nem para minha claustrofobia pela realidade que paira tenebrosa por esses anos desbotados,e as consequencias,se a saudade já é tão ruim,imagine os derivados,teria eu culpa ? como me expressar,como deixar levar pelo som traiçoeiro dos sentimentos,e dizer tudo o que ficou dezessete anos aqui,simplesmente aqui,transbordando em lástimas e sorrisos bobos,em quase palavras,em heisitações constantes,e por um impulso pai,sei que vamos conseguir superar tudo.te amo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Depression





Em um muro alto,uma antiga construção de um vermelho desbotado, existe uma rachadura quase que discretamente perigosa, porém nunca percebida pelos passageiros vãos, enquanto andava tentando fugir de seus pensamentos rodeados de redundancias ridiculas,de pessimismo e discordancias, por entre um esquívo e outro, dos corpos frenéticos e atormentados pela pressa,caiu um pequeno brinco de pérola de sua delicada orelha já cansada do zumbido urbano,adentrando no buraquinho do muro que se seguia pela rua, tentando tira-lo do outro lado, o muro desmoronou por entre sua perplexidade e negação,de ver de tijolo em tijolo, o nada de palavras mal colocadas sobre cimento,para fazer uma pseudo-segurança diante das fracas estruturas que nos mantem de pé,porém não firmes.

domingo, 11 de julho de 2010

Disorder

É tão dificil de perceber os gestos sutis que pairam entre o suspiro e a respota monossilábica risonha,disforme em um descontentamento ao qual não consigo expressar ?
E é tão dificil organizar a vida para não se arrepender depois das pessoas que esqueceu e das que deu atenção demais ?
E é tão dificil falar, criar um conceito ao que se sente, sem ter insinuações ambiguas de culpa ou de ressentimento, talvez seja tudo uma pequena brisa, que por um acaso se estendeu como um pequeno efeito dominó que tocando em apenas um simples objeto leve e despercebido, alcanços as bases que até pouco tempo atrás eram sólidas em minha vida.

sábado, 10 de julho de 2010

Wild world


Enquanto pelas ruas um som tão disforme e dolorido zomba de nossas sombras oscilantes pelas paredes sujas, consigo ver que nenhuna música consegue parar com a única coisa que parece impossível de não se ouvir: Nossos arrependimentos.
Enquanto em um sol pálido de um inverno já tímido pelas inconstancias climáticas,eu tento me inclinar, eu tento me permitir,a arriscar minha insegurança diante da minha retraída intuição.




" Oh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world
I'll always remember you like a child.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Enquanto em uma tarde curiosamente quente de julho,me dispenso em vontades heisitantes de saber o que escolher,o que escolhi ser se limita a condição de terceiros,um estranho arrepio preenche a dor fisica do cansaço,um pensamento repugnante se assemelha com a vida que passa,e então eu me pergunto,por que estão todos lá,e eu aqui ?

sábado, 3 de julho de 2010

Distante julho

Momentos baseados pelo fluxo de incoêrencia e frustração de momentos anteriores,sempre são mais percebidos depois do que na hora em si,as pessoas aos poucos se distanciam cada vez mais por aleatoridades que para você até agora eram insignificantes,mas depois de agora,elas são partes cruciais para a culpa se envolver dentro de nós mesmos,e analisarmos o quanto somos culpados,por nosso próprio descontentamento e aflição.
As palavras aos poucos rasas e curtas formam um desgaste maior que o silêncio tão confortável de outrora, e o nada em si se transforma em um tormento absoluto e passional, um excesso de sensações transbordam em nossos pensamentos que embora fossem tão disformes agora são claros demais,e é essa claridade que nos cega, e nos oprime a nosso próprio ponto de vista caótico e incerto.