quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A destrutiva perseguição diante o quase esquecível

Muitas vezes quando eu era pequena, e assistia a sessão da tarde, acontecia algo estranho com certos personagens das histórias infantis e superficiais, quando tinham algo na cabeça, todas as coisas levavam a justamente o que eles queriam esquecer, por exemplo, o gato que era mau com o cachorro, e aos poucos se arrependia, ele ligava a tv e em todos canais havia algo relacionado a cães, e assim ele não conseguia esquecer.
Ultimamente tenho notado isso muito,não sei se virei uma observadora nata de fatos desprovidos de importancia,de uma forma desanimadora e deprimente, o acaso,a tv,os filmes,me lembram coisas que seriam completamente relevantes e banais, se não tivessem acontecido comigo...e me lembrassem alguém.
Queria ter uma forma não padronizada do fim das coisas, podemos ser tão criativos para evitar ao máximo as dores do cotidiano inevitáveis, não sei se é o humor, se é a ironia, se é a distração, não sei o que falta, aos poucos abandono a obsessão de pensar em como seria,e no tão famoso poderia ser,cogitamos possibilidades que nos fariamos mais felizes,justamente quando elas são impossíveis de existirem,do jeito que queremos,por que ? Esse masoquismo mental automático exerce um desespero invonlutário, uma queda gélida em palavras descartáveis ,em sorrisos mundanos, eu sei que as coisas passam, e se elas não passam, nós passamos delas, em uma maratona incansável, lembranças e esperanças nos boicotam a linha de chegada, mas uma hora ou outro, os canais de tv mudam, nossos verbos modifcam-se, os filmes já não nos remetem a nada,há não ser ao futuro.
Pessoas vão,passam,voltam,ficam,ficam,ficam,ficaaaaaaaaaaaaaam,mas elas sempre vão embora,eu mesma,estou na rodoviária agora.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

quem é mais sentimental ( idiota) que eu ?

Cansei da minha pele, cansei dos meus timbres cansativos, das minhas palavras desbotadas, do meu raciocínio megalomaniáco, dramas melosos, descrença em meus sentimentos, carência ridícula, não ver o óbvio, cansei das minhas expressões emburradas, da apatia desdenhosa, depois te tanto ver os defeitos alheios, de tanto reclamar , de tanto analisar, querer mudar, depois de reler e ver o quanto minha personalidade se desvirtuou do aceitável em uma discussão, depois de tudo isso,cansei da minha depressão boba pela superficialidade de uma vida mimada cheia de pseudos ridiculos que eu mesma inventei. aonde está a pessoa que eu achei que seria eu,se não dentro de mim mesma ?
perdi a mim mesma ante a perda, e recuperando a mim, aos poucos, sinto um arrependimento, me sinto, na verdade sinto os outros, na verdade me perdi no abismo que é pensar e sentir. los hermanos caí bem agora.

sábado, 25 de setembro de 2010

Setembro #2

Setembro tem dias tristes, nublados,fazendo a vida passar em preto e branco,o verde das árvores em contraste com a tristeza nas ruas, nem mesmo o verde mais vivo alivia os olhos, não ilumina as palavras,e tampouco inspira a alegria, está triste, quase inevitável se deixar levar pelas horas a fio de nada, palavras tão doloridas, suspiros ofegantes de abandonados, abandonados por algo que nunca tiveram,o amor.não esse tipo de amor,o amor puro,o amor que esquenta e dói de tão bom que é, o amor que não existe,e só descrevemos suas suposições convenientes,esperançosos de um dia usufruimos do jamais.

sábado, 18 de setembro de 2010

Odeio quando a imaginação serve de realidade
quando não sei nem posso saber o que acontece
aonde não estou, e então imagino,acordo de madrugada, e fico imaginando.
Talvez sejam essas suposições que me machucam tanto, não sei, só sei
que eu pareço ser a única pessoa acordada no mundo nesse momento, por que as outras
acordadas, estão se divertindo, sem mais saber a realidade, como vou conseguir dormir...

Embalos de sexta-feira a noite

Justamente no conforto e na suposta segurança, sinto que meu pijama me incomoda, que a televisão me deprime, e que saber que estou aqui me apavora, um banho de agua afria após a distorção da realidade, um misto de palavras ensaidas com um conformismo de aparentemente não se importar. então vá,então vão,e eu sempre planejo dizer isso com desdém...

domingo, 12 de setembro de 2010

Uma mentira conveniente

Drama, transbordo um drama pegajoso e uma pitada de sentimentalismo importuno. ame, ou deixe-me
classifique o nível de pieguice nessa frase, e chegará no ápice da minha breguice emocional.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Setembro

Esses dias ensolarados de setembro soam tão familiar, parecem se repetir atráves dos anos, como uma ferida latente nunca cicatrizada, quando digo uma tristeza monótona, sempre em setembro perco a lente que reduzia meus riscos de perceber o vazio tão completo e inadmissível, que criei entre todos, um vento no final de tarde desaba a minha angustia, perfumes tão familiares, lembranças recheadas de cheiros comuns, presságios bobos, devaneios curtos que duram uma tarde inteira, e a cada dia o céu mais azul e o sol mais vivo, e eu me diminuo, diante desses pequenos desconfortos isolados.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Existir

Tenho percebido timbres diferentes em minha voz, tenho andado oscilante entre escolhas banais e palavras cotidianas, tenho tropeçado em abraços carentes e desperdiçado sorrisos ternos, estou me tornando diante dessa incerteza, todas as faces que outrora visualiva bem, mas não como um futuro para quem eu sou, apenas como um reflexo da minha confusão contida, que agora transborda em impulsos bobos, em suspiros irritantes, e então eu me esquivo tanto, que acabo por esconder, se é que ainda existe, o pouco de mim que sobrou.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Essas coisas de fim e começo.
essas coisas de introdução e conclusão.
essas coisas de amar e não amar.
essas coisas de voltar e ir
de não ir e querer voltar
de voltar sabendo não querer
de não saber mais quantas voltas dá
em um quarteirão familiar e ultrapassado.


alguém extremamente peculiar e outrora não menos obstante inspirada me disse,paixões ?
meu coração é castrado...



ouviu ?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

eu preciso ir embora.