segunda-feira, 17 de agosto de 2009



Quando nós somos crianças não somos tão bobos,a infantilidade da vida adulta não é a criança que fomos no passado e volta para nos atormentar em nossas decisões e ações,a sensibilidade que falta nas palavras que eu sempre ouço,nos tons de vozes de sempre,as brincadeiras tão sem graça,falta algo,e é tão pequeno esse algo,que ninguém percebe,tão preocupados com as questões maiores que esquecem dos pequenos suportes que sustentam o que é visível aos olhos,o que deve ser bonito,as vezes falta tão pouco,mas colocam tantas coisas,excessos inúteis que só pesam,que só escondem o que mais deveria ser visto,vivemos tanto da aparência,mas não cuidamos das aparências das nossas palavras,dos nossos sentimentos,do que estamos expressando de verdade,do que deveríamos expressar...as vezes não falamos uma palavra de conforto por vergonha,não sorrimos por medo,não nos surpreendemos para não testarmos nossas limitações,para não nos depararmos com o desconhecido,que na verdade acaba sendo nós mesmos.
e eu sou tão assim,desse jeito,e mesmo me dando conta disso não consigo mudar,amanhã parece que vai acontecer tudo de novo,e parece que o mundo não vai mudar,tantas pessoas,tantos pensamentos,tantas chances se abrem todo dia debaixo dos nossos narizes,mas aquele não doeu tanto,o ônibus demorou tanto,o fone estragou bem quando ia dar a música que eu queria ouvir,meus pais não me entendem,por que só pensamentos assim,cadê o lado bom das coisas ruins...cadê os males que vem para o bem,só eu não os percebo...

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