Começa superficialmente, agrega muitos adjetivos, mas poucos pronomes, passa alguns dias, as palavras saem bobas e retraídas, fingimento. sorrir, fingir descaso, fingir simplesmente não se importar. então, pequenas mudanças, descontentamentos suportáveis, mas daí, uma vontade de fugir, simplesmente esquecer e não ver mais, não querer mais, não poder mais, não desgastar mais.
silêncio, o fim silencioso, que tantos julgam como um fim contínuo, o cheiro na rua trazendo as lembranças de finais de tarde, o vento transtornando nosso ofalto em um vão pedaço de memórias desmerecidas, esperar as palavras que queremos dizer, esperar elas em outros timbres, em outros lábios, é ser covarde, gaguejar no cotidiano é ser indefeso, rir no contrangimento, é descaso. e ir embora, é uma forma de ação para tudo que eu sinto.mas...ir embora ? Eu sei que vamos sempre ir nos mesmos lugares, essas coisas de surpreender, de uma felicidade passageira mas que dura uma tarde inteira, distrações tolas que fazem a vida valer a pena, mesmo soando piegas, aonde estão ? Vou embora procura-las, pois as tive, e perdi, pensando em multiplica-las, me enagnei sobre a reciprocidade humana.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Um aperto. nada mais justificável, a dúvida, nada mais justifica.
Uma dor. nada mais inevitável, aonde está, aonde estão?
As pequenas gotas de uma chuva tímida doem no meu rosto, enquanto piso na mesma calçada que já gastei tanto dos meus passos, o amargo, o doce, o meio termo se dissolve em fundamentos inaceitáveis, as folhas de papel amassadas e mal cuidadas, o pensamento lá e acolá, nunca aqui, como tão perto te vejo tão longe, e quando longe sinto o apego que heisitei pela inexistente distância. E irá entender ? e eu vou lembrar ? ou estamos caminhando em marcha lenta para o fim inevitável da dúvida.
Uma dor. nada mais inevitável, aonde está, aonde estão?
As pequenas gotas de uma chuva tímida doem no meu rosto, enquanto piso na mesma calçada que já gastei tanto dos meus passos, o amargo, o doce, o meio termo se dissolve em fundamentos inaceitáveis, as folhas de papel amassadas e mal cuidadas, o pensamento lá e acolá, nunca aqui, como tão perto te vejo tão longe, e quando longe sinto o apego que heisitei pela inexistente distância. E irá entender ? e eu vou lembrar ? ou estamos caminhando em marcha lenta para o fim inevitável da dúvida.
domingo, 15 de agosto de 2010
Retórica
Escrever,escrever...sobre o que ?
Sobre os dias que oscilam entre uma distração discretamente desgastante
e uma queda brusca na realidade ?
Sobre as palavras deslizando por entre nossos lábios, perfurando os receios pré-estabelecidos, dando uma chuva de ambiguidades baratas...por que me banalizei ? Por que me banalizaram ?
por que banalizei a todos...tudo diminuído, em acontecimentos desperdiçados por um tempo traiçoeiro
Me pergunte, me instigue, tanto tempo que a mesmice de se conhecer não me atraí, tanto tempo que conheço a mesma pessoas em rostos quase iguais.
Sobre os dias que oscilam entre uma distração discretamente desgastante
e uma queda brusca na realidade ?
Sobre as palavras deslizando por entre nossos lábios, perfurando os receios pré-estabelecidos, dando uma chuva de ambiguidades baratas...por que me banalizei ? Por que me banalizaram ?
por que banalizei a todos...tudo diminuído, em acontecimentos desperdiçados por um tempo traiçoeiro
Me pergunte, me instigue, tanto tempo que a mesmice de se conhecer não me atraí, tanto tempo que conheço a mesma pessoas em rostos quase iguais.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
O Elefantinho de vidro e outras banalidades
Acho que me encontro em uma idade na qual ser subestimada é uma lei seguida por quase todos humanos que estão pelos arredores da minha pacada vida adolescente revolts.
Mas o pior é que esse discurso clichê adolescente de ninguém me entende, todos me acusam, já virou mais algo a ser banalizado, mas ora, se estou me sentido uma mierda diante desse desdém que até eu já estou desenvolvendo por mim mesma, como posso me conformar com essa triste associação de 17 anos = imaturidade crônica e problemas para viver na realidade.
Mas entretanto diante de fatos desprovidos de importancia, hoje me dei conta da minha falta de maturidade em certas questões, agi igual como eu agiria com três anos ,porém talvez, agi pior ainda.
Minha querida vó, Dona Marcina, tem uma certa neurose com suas posses materiais, um único risco, uma única rachadura em algum de seus pertences milenares inuteis e pronto, a casa caí.
Há umas duas semanas em um ato juvenil inconsequente sujei a cortina de esmalte, e tentando consertar o estrago passei uma grande quantidade de acetona, mas vendo a grande mancha se agravando e tomando parte da cortina de um jeito avassalador, resolvi passar esmalte branco, já que a cortina era branca e substituiria a grande mancha vermelha, mas sabe, a merda quando mais mexe mais fede.
Esse episódio dramático passou, sobrevivi, mas então hoje enquanto estava atrasada para fazer nada, em um movimento frenético e mal calculado fui colocar meu blusão cinza meio branco, e então meu braço impiedosamente sem querer encontrou-se com o elefantinho de vidro sagrado de vovó, o encontro foi tão violento que sua cabeça, e suas patas quicaram pelo chão enquanto minhas feições expressavam um desespero mesclado com desânimo, diante das minhas ações infantis de destruição doméstica. Mas foi simples, juntei os restos mortais do pequeno quadrupede e guardei no bau que eu tenho desde uns seis anos, e me dei conta, que talvez todas nossas ações maquiadas de um autoritarismo por idades e experiencias, nada mais seja que nós com seis anos de idade, tentando se safar de um eventual abalo desesperador.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Lavagem sentimental
É ao despertar do sono conturbado que a realidade se desfaz em pequenos momentos diminuidos pelo tempo, é ao deitar-se ,que o véu do esquecimento decaí sobre as palpébras cansadas, como um pesar de um corpo inteiro, destinado ao finito.
Ao sentar na cadeira fria, ocupada por tantos outros, ao escutar as palavras automáticas, que deixam os ouvidos dormentes pelo tão familiar timbre, ao esperar as atitudes que heisitamos, que venha por terceiros, será que deixamos escapar, por entre os dedos, o quê a mais, que procuramos no vazio, de uma noite em claro ?
Ao sentar na cadeira fria, ocupada por tantos outros, ao escutar as palavras automáticas, que deixam os ouvidos dormentes pelo tão familiar timbre, ao esperar as atitudes que heisitamos, que venha por terceiros, será que deixamos escapar, por entre os dedos, o quê a mais, que procuramos no vazio, de uma noite em claro ?
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