sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Elefantinho de vidro e outras banalidades



Acho que me encontro em uma idade na qual ser subestimada é uma lei seguida por quase todos humanos que estão pelos arredores da minha pacada vida adolescente revolts.

Mas o pior é que esse discurso clichê adolescente de ninguém me entende, todos me acusam, já virou mais algo a ser banalizado, mas ora, se estou me sentido uma mierda diante desse desdém que até eu já estou desenvolvendo por mim mesma, como posso me conformar com essa triste associação de 17 anos = imaturidade crônica e problemas para viver na realidade.

Mas entretanto diante de fatos desprovidos de importancia, hoje me dei conta da minha falta de maturidade em certas questões, agi igual como eu agiria com três anos ,porém talvez, agi pior ainda.
Minha querida vó, Dona Marcina, tem uma certa neurose com suas posses materiais, um único risco, uma única rachadura em algum de seus pertences milenares inuteis e pronto, a casa caí.
Há umas duas semanas em um ato juvenil inconsequente sujei a cortina de esmalte, e tentando consertar o estrago passei uma grande quantidade de acetona, mas vendo a grande mancha se agravando e tomando parte da cortina de um jeito avassalador, resolvi passar esmalte branco, já que a cortina era branca e substituiria a grande mancha vermelha, mas sabe, a merda quando mais mexe mais fede.
Esse episódio dramático passou, sobrevivi, mas então hoje enquanto estava atrasada para fazer nada, em um movimento frenético e mal calculado fui colocar meu blusão cinza meio branco, e então meu braço impiedosamente sem querer encontrou-se com o elefantinho de vidro sagrado de vovó, o encontro foi tão violento que sua cabeça, e suas patas quicaram pelo chão enquanto minhas feições expressavam um desespero mesclado com desânimo, diante das minhas ações infantis de destruição doméstica. Mas foi simples, juntei os restos mortais do pequeno quadrupede e guardei no bau que eu tenho desde uns seis anos, e me dei conta, que talvez todas nossas ações maquiadas de um autoritarismo por idades e experiencias, nada mais seja que nós com seis anos de idade, tentando se safar de um eventual abalo desesperador.

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