quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Setembro

Esses dias ensolarados de setembro soam tão familiar, parecem se repetir atráves dos anos, como uma ferida latente nunca cicatrizada, quando digo uma tristeza monótona, sempre em setembro perco a lente que reduzia meus riscos de perceber o vazio tão completo e inadmissível, que criei entre todos, um vento no final de tarde desaba a minha angustia, perfumes tão familiares, lembranças recheadas de cheiros comuns, presságios bobos, devaneios curtos que duram uma tarde inteira, e a cada dia o céu mais azul e o sol mais vivo, e eu me diminuo, diante desses pequenos desconfortos isolados.

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