segunda-feira, 18 de outubro de 2010
ano-novo,velhos presságios
De um jeito rápido e ímpedo,havia chegado o final, aos passos curtos de 360 e poucos dias, lágrimas e folhas de calendários, haviam caído mais que folhas secas no outono, e sorrisos desbotados mesclavam amargamente, a derrota do tempo sobre a humanidade. Os gritos e acenos não cesam, a felicidade púrpura, desavisados de que noites como essa, costumam causar uma ressaca maior que a do alcool, uma ressaca existencial, as vezes tão repreendida, que vomitamos palavras sem nexo, e escondemos debaixo do tapete de vizinhos, todos sentam, todos comemoram, há uma contagem regressiva de apenas 10 segundos, os apressadinhos 5 segundos, mal sabem eles, que essa contagem regressiva, é para o final de suas vidas, e é aí a ironia, na verdade todos sabem, mas esse é aquele segredo, que é como se estivesse estampado em neon na testa de todos, não pense,não,não...essa é a perdição,lembranças boiando na taça de champagne, palavras doces que você distorceu, tornando um possível chá gelado delicioso, em um suco de quinta passado da validade, percebe ? Todos nós erramos,mas não na mesma intensidade. Mas acontece,esquece,faz parte,você supera ! Tantas frases para tornar o momento mais suportável, mas a única coisa que penso, é nas consequências de uma queda brusca do segundo andar, o andar das minhas datas festivas nunca foi instigante a queda livre.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Questionamentos amontuados
Eu sigo caminhando pela rua, até quando não tenho aonde ir, eu caminho ínumeras vezes pela mesma quadra, eu tropeço na mesma calçada, eu vejo as mesmas pessoas,eu penso as mesmas coisas, eu ouço a mesma música que não deveria, eu tento não pisar nas linhas desenhadas no chão, olho para o céu, o sol tímido de um dia quase chuvoso ofusca meus pensamentos de se elevarem, as nuvens não contraem uma forma inspiradora, o vento abafa minha voz, as folhas secas envolvem meu paladar, a monotonia de caminhar atropela meus anseios, existe... existe um propósito ? As coincidências que outrora não se destacavam no punhado de acasos e mistificações, as coisas, o sólido dos momentos que jamais existirão, mas perduram na essência de existirem, para o amanhã ser mais confortável,qual o propósito ? todos os lugares que não estive,todos os lugares que estarei,os que vou abandonar, os que vou almejar até em vão desistir, os que para sempre serão meus,os que nunca foram mas vou fazer de conta que continuam, o nada que atravessa minhas entranhas nesse momento de angustia remoída,o tudo que pesa nos meus ombros,de noites mal dormidas, eu insisto,eu suplico,eu esqueço,mas insistentemente eu pergunto ao dobrar cada esquina familiar,com cheiros familiares de um fim de tarde qualquer de quase verão,eu pergunto...qual o propósito ?
domingo, 10 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Tempo de ir, não voltar
As árvores familiares, agora com a chegada da primavera, refletem um colorido tímido, enquanto encosto meu rosto no vidro do ônibus, ele treme invonluntariamente, não chega a ser uma dor, é uma falta de controle, existe tanto ar, existe tanto chão, por que é tão dificil respirar, por que é tão dificil sentir segurança, vem de repente, o controle se perde, por alguns segundos a sensação repugnante de ser o que se é, vem a tona, não há avisos, não há blefes, não há nada, e essa falta de respostas, essa limitação comovente entre a realidade e meus pensamentos, se torna pegajosa, se torna um estrago tão grande, eu sinto falta, não sei se o que lembro é real ou não, eu me sinto culpada, não sei se é real ou não, o que eu fiz, o que eu faria, o que eu vou fazer ?
uma asfixia mental,não consigo mais enxergar, as árvores estão distantes, meu rosto perdura uma expressão ápatica,mereço alguns tapas ? precisamos estar tão distantes assim...para encontrarmos a nós mesmos ? deito meu rosto na fria sacada, fito os prédios alucinada,a procura de um ninguém, que sem perceber encontre meus olhos, mas essas coisas não acontecem, estar só, sozinho, solidão, não é tão ruim,quando temos a nós mesmos, mas perdemos, por segundos, em vulnerabilidades, em terceiros, em quatrúplos, nos perdemos até ao nada,e dói tanto, dói, são cicatrizes finitas, mas que nunca se fecham ? é dessa contradição, que penso na minha vida, como um ontem mal resolvido.
uma asfixia mental,não consigo mais enxergar, as árvores estão distantes, meu rosto perdura uma expressão ápatica,mereço alguns tapas ? precisamos estar tão distantes assim...para encontrarmos a nós mesmos ? deito meu rosto na fria sacada, fito os prédios alucinada,a procura de um ninguém, que sem perceber encontre meus olhos, mas essas coisas não acontecem, estar só, sozinho, solidão, não é tão ruim,quando temos a nós mesmos, mas perdemos, por segundos, em vulnerabilidades, em terceiros, em quatrúplos, nos perdemos até ao nada,e dói tanto, dói, são cicatrizes finitas, mas que nunca se fecham ? é dessa contradição, que penso na minha vida, como um ontem mal resolvido.
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