domingo, 23 de maio de 2010
GHOST WORLD
Os domingos sempre entediantes, me forçam a uma rotina previsível e inevitável, fruto da minha preguiça crônica de viver a realidade.
Pensando em filmes,vi que esse ano comparado a 2009,minha lista diminui drasticamente, o que antes era tão importante, ver filmes, ter filmes, até isso se desgastou um pouco ,mas, dos poucos filmes que vi esse ano, Ghost world (Mundo cão,tradução maravilhosa,como de costume)foi o que mais me fez refletir, talvez o filme que mais me apeguei por ora, pois ele simplesmente aborda os pontos principais de preocupação e angústia que ando tendo nesse ano, sem contar as características talvez um pouco bizarras que tenho em comum com certos personagens, e o mais legal é saber que o filme é baseado em uma história de quadrinhos underground americana, simplesmente genial.ok,ok,a história...
São duas garotas,Enid e Rebecca,que ao terminar o ensino médio,vem que todas as expectivas mesmo que pessimistas de vida,são bem piores do que elas pensavam.
tá,parece ser um drama-juvenil qualquer,se não fosse pelas pecularidades e detalhes quase que embutidos a cada pedacinho de cena,com diálogos de humor ácido e irônico,talvez até ultrapassando a genialidade e coerência de juno,se tratando da formação de piadas e trocadilhos provenientes de um humor negro.
Mas enfim,elas compartilham de alguns mesmos hábitos estranhos,como de perseguir pessoas estranhas na rua,admito que há dois anos isso era uma rotina,tenho até um post que relata uma das melhores perseguições que fiz,de uma das pessoas mais esquisitas que já vi.
Só que ao sair do ensino médio,elas precisam trabalhar,se querem sair de casa,precisam se adequar as regras, aos caprichos das outras pessoas, e Enid simplesmente não consegue, enquando Rebecca começa a trabalhar, se infiltrar nos modos, na massa ao qual inevitavelmente vamos fazer parte querendo ou não, e Enid entra em uma crise, pois ela não se adequa, e é bom ressaltar o relacionamento bizarro que ela nutre com um colecionador de discos de vinil fracassado,é surreal,ela simplesmente se vê em um abismo,e realmente gostaria de sumir...
O filme dá uma reviravolta beirando o sobrenatural,e atráves de uma metáfora fantástica ele demonstra um final ambíguo,os pessimistas verão de uma forma,e os otimistas de outra,obviamente não há dúvidas de qual visão eu tive.
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Para não se tornar parte da massa, basta manter a autonomia aqui dentro (Bruno aponta o dedo indicador para a cabeça).
ResponderExcluirPra mim, o sarcasmo e a ironia servem bem a esse propósito. Se você curte arte, invista.
E por falar em dilemas, já decidiu o que vai ser quando crescer?