terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Suas pestanas estavam molhadas ,enquanto seus passinhos curtos rodeavam o pequeno corredor, suas mãos escorregavam nas maçanetas, e os tapetes se enrolavam como uma armadilha qualquer, seu rosto oscilava entre a tensão de uma ruga em sua testa, e o sorriso nervoso que existia em sua pequena boca, como existia ? pura empatia, se perder para ela, era apenas a chance de se encontrar em seu destino não escrito pelos acasos.Então decida-se, podemos nos curvar além da nossa flexibilidade emocional para a indiferença crônica pelo medo de nos machucarmos e nos perdemos sem uma reciprocidade prazerosa..ou podemos tentar...e sermos recíprocos com nós mesmos,corpo e alma.
o outro, os outros, são o reflexo da nossa imagem distorcida atrás de nossos olhos...e então ao sair da casa, ela engoliu todas as chaves, que trancaram cada porta que ela deixou para trás.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

The same old fears

Tenho tropeçado nas mesmas calçadas,nas mesmas palavras, nas mesmas pessoas
nomes que já não lembro, nomes que lembro demais, engulo em seco a duvida, oscilo entre
o branco e o preto, o cheiro da umidade, os perfumes no final da tarde, o que digo em silêncio, dizer-te o que jamais foi, dizer-te o que está sendo, os risos em timbres diferentes, ecoam na sala, as vozes perduram na memória como fantasmas do que já fomos, retratos tortamente pendurados, com sorrisos já debotados, de piadas antigas..lugares que nunca mais fui, como é fácil abandonar o que temos, sem saber que nos pertencia, as lembranças como a agulha de uma vitrola ,passeia por nós em círculos que nunca se terminam, um ciclo vicioso em camera lenta, do sol iluminando cada nota tocada por nossos passos, o ensaio para uma música que nunca tocamos ao vivo, troca de diálogos surdos, de gritos mudos, olhares cicatrizados por paredes brancas, tudo soa tão familiar, faltam os mesmos botões nos casacos, faltam as mesmas silhuetas, aparecendo no pouquinho de luz que resta, desse quase final de dezembro, e o que acontece, o que instiga essa fascinação pelo outrora, o que dói tanto no calor desses tantos verões, o que dói na contagem regressiva, o que dói até na felicidade momentânea de se estar,de ser, de ter, enebria o estomâgo, a respiração ofegante de quem chega em casa, o frio na espinha de quem sente, sentir o que ? quando expressado, nossos sentimentos cabem em sílabas mínimas de significados inventados, e se fecham nas palmas das nossas mãos, e se calam nos ouvidos alheios, e nunca vão ecoar em outro lugar, a não ser dentro de nós mesmos, essa música, esse tom, esses mesmos medos de sempre, esses tropeços inevitáveis, as lágrimas levianas, essa heisitação e o orgulho infantil, passam os anos, mas dançamos a mesma música em círculos intermináveis, de rostos e vozes familiares, construímos uma rúina do que já fomos, e somos completos pelas ruínas que nos rodeiam...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dezembro

Existe um ar impuro no ar, pode ser tóxico respirar nesse mês de dezembro.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Modernidade obsoleta

Então...então...ENTÃO !
Sua vida percorre o mesmo caminho linear todos os dias, o cheiro de novidade agora estremece suas narinas irritadas como um cheiro desprezível de velharias emocionais, pelo seu caminho rotineiro reconhece até mesmo os carros que param na sinaleira no mesmo instante em que no mesmo horário meticulosamente atravessa a rua com infelizmente o dever de não ser atropelado e morto.
O que seria um fato bem mais interessante do que terem esquecido a maionese no seu gorduroso xis das sete da tarde...
O amor da sua vida lhe aguentou por 98 dias,alguns minutos e até os segundos foram dolorosos, a cultura pop influenciou tanto seu destino, que aquele buquê de flores brega foi comprado inconscientemente, e o eu te amo saiu sem querer, logo depois de um arroto disfarçado.
O maior problema sempre foi a instabilidade cósmica que existe além da matéria e de nossa burrice crônica, o equilíbrio efêmero entre duas pessoas nada mais é, que uma gangorra arrumada desajeitadamente por uma criança querendo deixar os dois lados na mesma altura, em algum milésimo de segundo uma parte vai cair, e vai ser a sua, na verdade essa afirmação se adequa a todos seres humanos, por que mesmo caindo da gangorra saimos correndo para a próxima...a caracteristica comum entre os seres humanos, não deveria ser que todos são mamíferos, e sim masoquistas emocionais, e na pior das hipóteses sado-masoquistas, mas existem vertentes da espécie que acham isso agradável...
Mas enfim, as conclusões cotidianas sobre nossos grandes feitos desprezados, são indviduais e quando compartilhadas geralmente arrancam diálogos monossilábicos e sem graça, que tiram nossa epifania do patamar grandioso e nós achamos medíocres e mais humanos que o normal.
O problema de se relacionar, sempre foi e sempre será a falha na comunicação, quantos mais meios de comunicação existem, mas fugimos da verdade entre nossos pensamentos e o que vomitamos para tudo que é lado, algo que chamamos de verdades, as cartas nos inspiram a sermos poéticos e adoráveis, mas a digitação a sermos frenéticos e práticos, há quem goste, em certos momentos é conveniente, assim como tudo, inclusive um homícidio...nunca se sabe, mas a sensação de nos limitarmos por conta própria a modernidade, é tão melódica como um violino desafinado,e é a música que mais tenho ouvido...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

who loves the sun ? not everyone

Estava pensando no por que da resistência da chuva, de ir em frente, no sol que sempre tem aberto no meio de tardes tristes, nas nuvens que se dispersam entre si, que já não abraçam o céu por inteiro formando um cinza majestoso, existem certos por ques, talvez a pergunta sempre tenha sido a errada, por isso nunca encontrei a resposta certa, existe um vento suave nos finais de tarde, que já não atropela meus anseios em demasia, ou me empurra para o perdão inconsolável, jaz nos sussuros alheios, nas conversas entreabertas a mim, ainda existem palavras para transmitir, embora a leitura mais difícil de se expressar, é a que lê a nós mesmos, eu consigo um tanto ver em minhas entranhas, notar na circulação do meu sangue, nas batidas fora de ritmo do meu coração, e no olhar retraído para a rua, que algo mudou, mas não sei exatamente o que.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Se faire langue contre langue un dialogue de sourd

Novembro se esvaí como a areia da praia por entre os dedos, como se estivessemos segurando as pontas, mas aos poucos aceitamos a idéia de que é inevitável perder, o que mais guardamos. o tempo.
Por entre a chuva falha, e o céu erroneamente azul ,existem resquícios rosados de nuvens dispersas por entre nossas cabeças pesadas, por mais lindo que seja, por mais único, dói tanto, a essência de existir perambula entre notas trêmulas de diálogos nunca ouvidos, um duelo de surdos, surdos, mudos, completamente cegos pela falta de sentido, completamente absortos por nós mesmos. desperdício.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

síndrome contemporânea

Preservados para um futuro inconstante, familias mal estruturadas seguem seu rumo natural em uma quinta-feira monótona, horas passam, minutos, sua posição muda de acordo com os meses, percebe-se um equilíbrio anormal, sempre se está equivalentemente bem, quando não obstante, amanhã estará terrivelmente mal, ou será uma neurose pessimista da sociedade pós-moderna ? engolindo lixo de informações, que transformam a vida o mais degradante possível, ou essa é a lei, essa é a essência,e assim caminha a humanidade ? tudo está bem, e isso não é estranho ? deveria ser normal...?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Don't make it bad !

Existem multidões e multidões, existem gritos e gritos, choros e choros, há sempre os em vão, e os que realmente valem a pena. existem segundos demasiadamente entediantes, que machucam nosso humor, e violentam nossas idéias, mas existem aqueles que passam trazendo um único momento no decorrer e acariciam nossas futuras lembranças, com o fato de se estar no presente, ser o melhor presente que podemos ter. Multidões que gritam, choram,e minutos que passam, mas que fazem cada lembrança dar um arrepio, realmente, sonhos são possíveis, eu realizei o meu de ver o Paul McCaaaaaaaaaartney !

agora deixarei a pieguice de lado, e entrarei de novo em minha pacata rotina.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ano-novo,velhos presságios

De um jeito rápido e ímpedo,havia chegado o final, aos passos curtos de 360 e poucos dias, lágrimas e folhas de calendários, haviam caído mais que folhas secas no outono, e sorrisos desbotados mesclavam amargamente, a derrota do tempo sobre a humanidade. Os gritos e acenos não cesam, a felicidade púrpura, desavisados de que noites como essa, costumam causar uma ressaca maior que a do alcool, uma ressaca existencial, as vezes tão repreendida, que vomitamos palavras sem nexo, e escondemos debaixo do tapete de vizinhos, todos sentam, todos comemoram, há uma contagem regressiva de apenas 10 segundos, os apressadinhos 5 segundos, mal sabem eles, que essa contagem regressiva, é para o final de suas vidas, e é aí a ironia, na verdade todos sabem, mas esse é aquele segredo, que é como se estivesse estampado em neon na testa de todos, não pense,não,não...essa é a perdição,lembranças boiando na taça de champagne, palavras doces que você distorceu, tornando um possível chá gelado delicioso, em um suco de quinta passado da validade, percebe ? Todos nós erramos,mas não na mesma intensidade. Mas acontece,esquece,faz parte,você supera ! Tantas frases para tornar o momento mais suportável, mas a única coisa que penso, é nas consequências de uma queda brusca do segundo andar, o andar das minhas datas festivas nunca foi instigante a queda livre.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Questionamentos amontuados

Eu sigo caminhando pela rua, até quando não tenho aonde ir, eu caminho ínumeras vezes pela mesma quadra, eu tropeço na mesma calçada, eu vejo as mesmas pessoas,eu penso as mesmas coisas, eu ouço a mesma música que não deveria, eu tento não pisar nas linhas desenhadas no chão, olho para o céu, o sol tímido de um dia quase chuvoso ofusca meus pensamentos de se elevarem, as nuvens não contraem uma forma inspiradora, o vento abafa minha voz, as folhas secas envolvem meu paladar, a monotonia de caminhar atropela meus anseios, existe... existe um propósito ? As coincidências que outrora não se destacavam no punhado de acasos e mistificações, as coisas, o sólido dos momentos que jamais existirão, mas perduram na essência de existirem, para o amanhã ser mais confortável,qual o propósito ? todos os lugares que não estive,todos os lugares que estarei,os que vou abandonar, os que vou almejar até em vão desistir, os que para sempre serão meus,os que nunca foram mas vou fazer de conta que continuam, o nada que atravessa minhas entranhas nesse momento de angustia remoída,o tudo que pesa nos meus ombros,de noites mal dormidas, eu insisto,eu suplico,eu esqueço,mas insistentemente eu pergunto ao dobrar cada esquina familiar,com cheiros familiares de um fim de tarde qualquer de quase verão,eu pergunto...qual o propósito ?

domingo, 10 de outubro de 2010

que saudade, do que nunca foi.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tempo de ir, não voltar

As árvores familiares, agora com a chegada da primavera, refletem um colorido tímido, enquanto encosto meu rosto no vidro do ônibus, ele treme invonluntariamente, não chega a ser uma dor, é uma falta de controle, existe tanto ar, existe tanto chão, por que é tão dificil respirar, por que é tão dificil sentir segurança, vem de repente, o controle se perde, por alguns segundos a sensação repugnante de ser o que se é, vem a tona, não há avisos, não há blefes, não há nada, e essa falta de respostas, essa limitação comovente entre a realidade e meus pensamentos, se torna pegajosa, se torna um estrago tão grande, eu sinto falta, não sei se o que lembro é real ou não, eu me sinto culpada, não sei se é real ou não, o que eu fiz, o que eu faria, o que eu vou fazer ?
uma asfixia mental,não consigo mais enxergar, as árvores estão distantes, meu rosto perdura uma expressão ápatica,mereço alguns tapas ? precisamos estar tão distantes assim...para encontrarmos a nós mesmos ? deito meu rosto na fria sacada, fito os prédios alucinada,a procura de um ninguém, que sem perceber encontre meus olhos, mas essas coisas não acontecem, estar só, sozinho, solidão, não é tão ruim,quando temos a nós mesmos, mas perdemos, por segundos, em vulnerabilidades, em terceiros, em quatrúplos, nos perdemos até ao nada,e dói tanto, dói, são cicatrizes finitas, mas que nunca se fecham ? é dessa contradição, que penso na minha vida, como um ontem mal resolvido.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A destrutiva perseguição diante o quase esquecível

Muitas vezes quando eu era pequena, e assistia a sessão da tarde, acontecia algo estranho com certos personagens das histórias infantis e superficiais, quando tinham algo na cabeça, todas as coisas levavam a justamente o que eles queriam esquecer, por exemplo, o gato que era mau com o cachorro, e aos poucos se arrependia, ele ligava a tv e em todos canais havia algo relacionado a cães, e assim ele não conseguia esquecer.
Ultimamente tenho notado isso muito,não sei se virei uma observadora nata de fatos desprovidos de importancia,de uma forma desanimadora e deprimente, o acaso,a tv,os filmes,me lembram coisas que seriam completamente relevantes e banais, se não tivessem acontecido comigo...e me lembrassem alguém.
Queria ter uma forma não padronizada do fim das coisas, podemos ser tão criativos para evitar ao máximo as dores do cotidiano inevitáveis, não sei se é o humor, se é a ironia, se é a distração, não sei o que falta, aos poucos abandono a obsessão de pensar em como seria,e no tão famoso poderia ser,cogitamos possibilidades que nos fariamos mais felizes,justamente quando elas são impossíveis de existirem,do jeito que queremos,por que ? Esse masoquismo mental automático exerce um desespero invonlutário, uma queda gélida em palavras descartáveis ,em sorrisos mundanos, eu sei que as coisas passam, e se elas não passam, nós passamos delas, em uma maratona incansável, lembranças e esperanças nos boicotam a linha de chegada, mas uma hora ou outro, os canais de tv mudam, nossos verbos modifcam-se, os filmes já não nos remetem a nada,há não ser ao futuro.
Pessoas vão,passam,voltam,ficam,ficam,ficam,ficaaaaaaaaaaaaaam,mas elas sempre vão embora,eu mesma,estou na rodoviária agora.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

quem é mais sentimental ( idiota) que eu ?

Cansei da minha pele, cansei dos meus timbres cansativos, das minhas palavras desbotadas, do meu raciocínio megalomaniáco, dramas melosos, descrença em meus sentimentos, carência ridícula, não ver o óbvio, cansei das minhas expressões emburradas, da apatia desdenhosa, depois te tanto ver os defeitos alheios, de tanto reclamar , de tanto analisar, querer mudar, depois de reler e ver o quanto minha personalidade se desvirtuou do aceitável em uma discussão, depois de tudo isso,cansei da minha depressão boba pela superficialidade de uma vida mimada cheia de pseudos ridiculos que eu mesma inventei. aonde está a pessoa que eu achei que seria eu,se não dentro de mim mesma ?
perdi a mim mesma ante a perda, e recuperando a mim, aos poucos, sinto um arrependimento, me sinto, na verdade sinto os outros, na verdade me perdi no abismo que é pensar e sentir. los hermanos caí bem agora.

sábado, 25 de setembro de 2010

Setembro #2

Setembro tem dias tristes, nublados,fazendo a vida passar em preto e branco,o verde das árvores em contraste com a tristeza nas ruas, nem mesmo o verde mais vivo alivia os olhos, não ilumina as palavras,e tampouco inspira a alegria, está triste, quase inevitável se deixar levar pelas horas a fio de nada, palavras tão doloridas, suspiros ofegantes de abandonados, abandonados por algo que nunca tiveram,o amor.não esse tipo de amor,o amor puro,o amor que esquenta e dói de tão bom que é, o amor que não existe,e só descrevemos suas suposições convenientes,esperançosos de um dia usufruimos do jamais.

sábado, 18 de setembro de 2010

Odeio quando a imaginação serve de realidade
quando não sei nem posso saber o que acontece
aonde não estou, e então imagino,acordo de madrugada, e fico imaginando.
Talvez sejam essas suposições que me machucam tanto, não sei, só sei
que eu pareço ser a única pessoa acordada no mundo nesse momento, por que as outras
acordadas, estão se divertindo, sem mais saber a realidade, como vou conseguir dormir...

Embalos de sexta-feira a noite

Justamente no conforto e na suposta segurança, sinto que meu pijama me incomoda, que a televisão me deprime, e que saber que estou aqui me apavora, um banho de agua afria após a distorção da realidade, um misto de palavras ensaidas com um conformismo de aparentemente não se importar. então vá,então vão,e eu sempre planejo dizer isso com desdém...

domingo, 12 de setembro de 2010

Uma mentira conveniente

Drama, transbordo um drama pegajoso e uma pitada de sentimentalismo importuno. ame, ou deixe-me
classifique o nível de pieguice nessa frase, e chegará no ápice da minha breguice emocional.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Setembro

Esses dias ensolarados de setembro soam tão familiar, parecem se repetir atráves dos anos, como uma ferida latente nunca cicatrizada, quando digo uma tristeza monótona, sempre em setembro perco a lente que reduzia meus riscos de perceber o vazio tão completo e inadmissível, que criei entre todos, um vento no final de tarde desaba a minha angustia, perfumes tão familiares, lembranças recheadas de cheiros comuns, presságios bobos, devaneios curtos que duram uma tarde inteira, e a cada dia o céu mais azul e o sol mais vivo, e eu me diminuo, diante desses pequenos desconfortos isolados.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Existir

Tenho percebido timbres diferentes em minha voz, tenho andado oscilante entre escolhas banais e palavras cotidianas, tenho tropeçado em abraços carentes e desperdiçado sorrisos ternos, estou me tornando diante dessa incerteza, todas as faces que outrora visualiva bem, mas não como um futuro para quem eu sou, apenas como um reflexo da minha confusão contida, que agora transborda em impulsos bobos, em suspiros irritantes, e então eu me esquivo tanto, que acabo por esconder, se é que ainda existe, o pouco de mim que sobrou.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Essas coisas de fim e começo.
essas coisas de introdução e conclusão.
essas coisas de amar e não amar.
essas coisas de voltar e ir
de não ir e querer voltar
de voltar sabendo não querer
de não saber mais quantas voltas dá
em um quarteirão familiar e ultrapassado.


alguém extremamente peculiar e outrora não menos obstante inspirada me disse,paixões ?
meu coração é castrado...



ouviu ?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

eu preciso ir embora.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Quero ser piegas de novo

Começa superficialmente, agrega muitos adjetivos, mas poucos pronomes, passa alguns dias, as palavras saem bobas e retraídas, fingimento. sorrir, fingir descaso, fingir simplesmente não se importar. então, pequenas mudanças, descontentamentos suportáveis, mas daí, uma vontade de fugir, simplesmente esquecer e não ver mais, não querer mais, não poder mais, não desgastar mais.
silêncio, o fim silencioso, que tantos julgam como um fim contínuo, o cheiro na rua trazendo as lembranças de finais de tarde, o vento transtornando nosso ofalto em um vão pedaço de memórias desmerecidas, esperar as palavras que queremos dizer, esperar elas em outros timbres, em outros lábios, é ser covarde, gaguejar no cotidiano é ser indefeso, rir no contrangimento, é descaso. e ir embora, é uma forma de ação para tudo que eu sinto.mas...ir embora ? Eu sei que vamos sempre ir nos mesmos lugares, essas coisas de surpreender, de uma felicidade passageira mas que dura uma tarde inteira, distrações tolas que fazem a vida valer a pena, mesmo soando piegas, aonde estão ? Vou embora procura-las, pois as tive, e perdi, pensando em multiplica-las, me enagnei sobre a reciprocidade humana.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um aperto. nada mais justificável, a dúvida, nada mais justifica.
Uma dor. nada mais inevitável, aonde está, aonde estão?
As pequenas gotas de uma chuva tímida doem no meu rosto, enquanto piso na mesma calçada que já gastei tanto dos meus passos, o amargo, o doce, o meio termo se dissolve em fundamentos inaceitáveis, as folhas de papel amassadas e mal cuidadas, o pensamento lá e acolá, nunca aqui, como tão perto te vejo tão longe, e quando longe sinto o apego que heisitei pela inexistente distância. E irá entender ? e eu vou lembrar ? ou estamos caminhando em marcha lenta para o fim inevitável da dúvida.

domingo, 15 de agosto de 2010

Retórica

Escrever,escrever...sobre o que ?
Sobre os dias que oscilam entre uma distração discretamente desgastante
e uma queda brusca na realidade ?
Sobre as palavras deslizando por entre nossos lábios, perfurando os receios pré-estabelecidos, dando uma chuva de ambiguidades baratas...por que me banalizei ? Por que me banalizaram ?
por que banalizei a todos...tudo diminuído, em acontecimentos desperdiçados por um tempo traiçoeiro
Me pergunte, me instigue, tanto tempo que a mesmice de se conhecer não me atraí, tanto tempo que conheço a mesma pessoas em rostos quase iguais.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Elefantinho de vidro e outras banalidades



Acho que me encontro em uma idade na qual ser subestimada é uma lei seguida por quase todos humanos que estão pelos arredores da minha pacada vida adolescente revolts.

Mas o pior é que esse discurso clichê adolescente de ninguém me entende, todos me acusam, já virou mais algo a ser banalizado, mas ora, se estou me sentido uma mierda diante desse desdém que até eu já estou desenvolvendo por mim mesma, como posso me conformar com essa triste associação de 17 anos = imaturidade crônica e problemas para viver na realidade.

Mas entretanto diante de fatos desprovidos de importancia, hoje me dei conta da minha falta de maturidade em certas questões, agi igual como eu agiria com três anos ,porém talvez, agi pior ainda.
Minha querida vó, Dona Marcina, tem uma certa neurose com suas posses materiais, um único risco, uma única rachadura em algum de seus pertences milenares inuteis e pronto, a casa caí.
Há umas duas semanas em um ato juvenil inconsequente sujei a cortina de esmalte, e tentando consertar o estrago passei uma grande quantidade de acetona, mas vendo a grande mancha se agravando e tomando parte da cortina de um jeito avassalador, resolvi passar esmalte branco, já que a cortina era branca e substituiria a grande mancha vermelha, mas sabe, a merda quando mais mexe mais fede.
Esse episódio dramático passou, sobrevivi, mas então hoje enquanto estava atrasada para fazer nada, em um movimento frenético e mal calculado fui colocar meu blusão cinza meio branco, e então meu braço impiedosamente sem querer encontrou-se com o elefantinho de vidro sagrado de vovó, o encontro foi tão violento que sua cabeça, e suas patas quicaram pelo chão enquanto minhas feições expressavam um desespero mesclado com desânimo, diante das minhas ações infantis de destruição doméstica. Mas foi simples, juntei os restos mortais do pequeno quadrupede e guardei no bau que eu tenho desde uns seis anos, e me dei conta, que talvez todas nossas ações maquiadas de um autoritarismo por idades e experiencias, nada mais seja que nós com seis anos de idade, tentando se safar de um eventual abalo desesperador.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lavagem sentimental

É ao despertar do sono conturbado que a realidade se desfaz em pequenos momentos diminuidos pelo tempo, é ao deitar-se ,que o véu do esquecimento decaí sobre as palpébras cansadas, como um pesar de um corpo inteiro, destinado ao finito.

Ao sentar na cadeira fria, ocupada por tantos outros, ao escutar as palavras automáticas, que deixam os ouvidos dormentes pelo tão familiar timbre, ao esperar as atitudes que heisitamos, que venha por terceiros, será que deixamos escapar, por entre os dedos, o quê a mais, que procuramos no vazio, de uma noite em claro ?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Os famosos e os duendes da morte






Nós nos limitamos a um território, as pessoas, a mesmice de um cotidiano que transborda descontentamento e verdades questionáveis, e tudo isso vivendo em uma metrópole ao qual existe o movimento,os sons urbanos que passam quase despercebidos a nossos já quase surdos ouvidos, em uma cidade do interior tudo pode ser bem mais claustrofóbico e de difícil fuga, e é isso que salienta tal película, os famosos e os duendes da morte. Os diálogos não são tão importantes quanto as carícias visuais que recebemos de difícil descrição, o filme mesmo seguindo um ritimo moderado e uma história linear, desbosta o previsível com os devaneios do protagonista sem nome, e sem muitas motivações para enfrentar a realidade, que sonha acordado em nuances de uma realidade que bem queria ter. É desnecessário rotular o filme como um quadro da adolescência, ou querer caracteriza-lo como um filme para o público emo, acho que ao assistir o filme, sentimos o protagonista sendo reduzido, a todas as descrições rasas que a indiferença das pessoas causa, a solidão e o tédio quase que insuportável estão presentes na vida de todas as faixas etárias, mesmo que consigamos esconder bem, todos nós temos um sonho em particular, de cruzar alguma ponte que depois do nada, nos leve a um lugar em que realmente seriamos felizes.
Uma frase do filme que captura a essência talvez, do pouco de esperança que nos resta, é "Estar perto,não é fisico" , talvez seja por isso que as vezes, mesmo nós estando juntos, nos sentimos vazios.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sem você, a emoção de hoje seria pele morta da emoção do passado.




Distantes,é o que posso dizer,incomunicáveis,é a insistência da repetição de erros de outrora,não cometidos por mim,não cometidos por ninguém,mas que por algum mistério de nossos tristes finais de tardes sem se ver,pelos anos novos que não passamos juntos,pelos natais desperdiçados em um único suspiro de saudade,da falta do conforto,da falta do carinho,da pessoa que eu mais tenho a dizer,mas que menos tenho a falar,será que já nos acostumamos ? espero que nunca, mas eu não tenho respostas,não tenho justificativa para a distancia,nem para minha claustrofobia pela realidade que paira tenebrosa por esses anos desbotados,e as consequencias,se a saudade já é tão ruim,imagine os derivados,teria eu culpa ? como me expressar,como deixar levar pelo som traiçoeiro dos sentimentos,e dizer tudo o que ficou dezessete anos aqui,simplesmente aqui,transbordando em lástimas e sorrisos bobos,em quase palavras,em heisitações constantes,e por um impulso pai,sei que vamos conseguir superar tudo.te amo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Depression





Em um muro alto,uma antiga construção de um vermelho desbotado, existe uma rachadura quase que discretamente perigosa, porém nunca percebida pelos passageiros vãos, enquanto andava tentando fugir de seus pensamentos rodeados de redundancias ridiculas,de pessimismo e discordancias, por entre um esquívo e outro, dos corpos frenéticos e atormentados pela pressa,caiu um pequeno brinco de pérola de sua delicada orelha já cansada do zumbido urbano,adentrando no buraquinho do muro que se seguia pela rua, tentando tira-lo do outro lado, o muro desmoronou por entre sua perplexidade e negação,de ver de tijolo em tijolo, o nada de palavras mal colocadas sobre cimento,para fazer uma pseudo-segurança diante das fracas estruturas que nos mantem de pé,porém não firmes.

domingo, 11 de julho de 2010

Disorder

É tão dificil de perceber os gestos sutis que pairam entre o suspiro e a respota monossilábica risonha,disforme em um descontentamento ao qual não consigo expressar ?
E é tão dificil organizar a vida para não se arrepender depois das pessoas que esqueceu e das que deu atenção demais ?
E é tão dificil falar, criar um conceito ao que se sente, sem ter insinuações ambiguas de culpa ou de ressentimento, talvez seja tudo uma pequena brisa, que por um acaso se estendeu como um pequeno efeito dominó que tocando em apenas um simples objeto leve e despercebido, alcanços as bases que até pouco tempo atrás eram sólidas em minha vida.

sábado, 10 de julho de 2010

Wild world


Enquanto pelas ruas um som tão disforme e dolorido zomba de nossas sombras oscilantes pelas paredes sujas, consigo ver que nenhuna música consegue parar com a única coisa que parece impossível de não se ouvir: Nossos arrependimentos.
Enquanto em um sol pálido de um inverno já tímido pelas inconstancias climáticas,eu tento me inclinar, eu tento me permitir,a arriscar minha insegurança diante da minha retraída intuição.




" Oh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world
I'll always remember you like a child.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Enquanto em uma tarde curiosamente quente de julho,me dispenso em vontades heisitantes de saber o que escolher,o que escolhi ser se limita a condição de terceiros,um estranho arrepio preenche a dor fisica do cansaço,um pensamento repugnante se assemelha com a vida que passa,e então eu me pergunto,por que estão todos lá,e eu aqui ?

sábado, 3 de julho de 2010

Distante julho

Momentos baseados pelo fluxo de incoêrencia e frustração de momentos anteriores,sempre são mais percebidos depois do que na hora em si,as pessoas aos poucos se distanciam cada vez mais por aleatoridades que para você até agora eram insignificantes,mas depois de agora,elas são partes cruciais para a culpa se envolver dentro de nós mesmos,e analisarmos o quanto somos culpados,por nosso próprio descontentamento e aflição.
As palavras aos poucos rasas e curtas formam um desgaste maior que o silêncio tão confortável de outrora, e o nada em si se transforma em um tormento absoluto e passional, um excesso de sensações transbordam em nossos pensamentos que embora fossem tão disformes agora são claros demais,e é essa claridade que nos cega, e nos oprime a nosso próprio ponto de vista caótico e incerto.

domingo, 27 de junho de 2010

Regina is gone

Enquanto ao poucos o ônibus ia se tornando apertado e incômodo, essa mesma pressão física atormentava Regina mentalmente, aos poucos ela percebeu que há muito tempo não jogava tantos pensamentos pelas paisagens cotidianas que via atráves da janela, e ficou assustada com o tempo,com as folhas,com as sacolas que sacudiam em suas mãos, a cada travada impulsiva e violenta, que fazia seu corpo frágil involuntariamente se mexer , um tormento em seu peito cada vez mais gritante, cada vez mais audível a todos, e uma dor verbalmente inexplicável, um sentimento despertado de desespero,angustia crescente diante do inevitável, dos dias que passaram, das escolhas feitas pela preguiça de mudar ,por todo esse clichê existencial tão desgastado, mas que para ela havia morrido a tanto tempo, a anestesia estava passando aos poucos, e faltava tão pouco para chegar em casa.
Seu marido olhava tv absorto em propagandas e telejornais,a espera silenciosa pela rotina que ela mesma cedeu seu corpo e mente, para os fins infindáveis da vida conjugal, a comida, a roupa, as palavras de sempre, o olhar sem brilho envoltos de uma mesa desbotada,a disputa pelo colchão nas altas horas da madrugada,e a coberta roubada em um ato impulsivo quase indolor, se não fosse pelo frio que ela sentira, dentro de si mesma.e os filhos...que nunca vieram.
Regina não estava mais no ônibus,não estava mais no apartamento que comprará a dez anos atrás, e tampouco em algum lugar muito óbvio,e ela foi substituída,e ela substituiu, e viu que a singularidade e pecularidade que ela achou que existia,são só pequenas ilusões,para ela se manter viva.

terça-feira, 22 de junho de 2010

sucessivamente-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e...

Dormir.

acordar.


fugir.












desligar.



assim,para sempre,mesmo não acreditando nos impulsos de negação e eternidade.

domingo, 20 de junho de 2010

Sunday morning

Então eu acordei,levantei,notei a carteira de cigarros na mesa,daqui a pouco ela será a polêmica do dia,negar,negar,negar,até quando vou negar,o que já nem sei mais,se faz parte de mim ou não.
Um desgaste fisico,um certo enjôo por estar aqui,acordada,preferia dormir por mais alguns dias,amanhã é meu aniversário,eu não sei como agir,não sei o que eu quero,e tenho medo,das coisas que podem preencher essa minha indecisão,e tenho medo do vazio que contraditório,preenche essa manhã,e penso,poxa,é meu último domingo com a idade imatura e irritante que tenho,por que ele teria que ser o pior ? É,por que nele canalizou-se toda ressaca mental,embolotada em mim,durante algum tempo,e eu não sinto vontade de enfrentar,de dizer,só quero dormir,só quero prolongar o único momento que desdenhamos dessa realidade desconfortante,quando sonhamos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

So come on home... just come on home

Enquando desabotoava o casaco,enfim em casa,em algum lugar quente,com um cheiro úmido familiar de sempre,um botão simplesmente caiu do casaco,mostrando sua delicadeza diante daquelas mãos nervosas,trêmulas do frio,outrora tão pequenas agora tinham calos transparecendo seu árduo trabalho para conseguir polir na realidade,alguma construção sólida,algum ponto material,algo que diante do tato fizesse cocégas em suas mãos cegas de medo,e que fizesse seus olhos aumentarem,tornando-se vivos e não pálidos e caídos,uma música só para amenizar,ela imagina seus dedos sobre cada nota musical,soprando uma melodia melancólica,enquanto passam-se alguns minutos,já imagina alguns passos na porta,algum sorriso vindo de canto de boca,algumas bobagens ditas,mas começa a chover,os pingos fazem um barulinho tão nostálgico na vidraça descida,que dói,e a certeza que tudo é efêmero,que amanhã pode ter sol,mas os raios tímidos de junho,também vão doer um pouquinho,assim como os cheiros que se misturam no fim de tarde,nas ruas movimentadas,lembranças tão remotas,tão bobas,que fazem tudo se desbotar,com um gosto docemente amargo,tudo tão contraditório quanto a própria descrição de ser.e daí é melhor ir para casa,se perder entre nossos botões mal pregados.

domingo, 6 de junho de 2010

Agora eu sei,que eu tava errada fazendo conta de cabeça...

As pessoas são tão dificieis de se lidar ?
Ou nós mesmos não conseguimos superar nosssos traumas infantis de carência paterna e materna ?
e a cada desatenção mínima decaímos a um melodrama clichê e incoveniente que constrange e nos distancia dos demais, formando uma parte insegura e trêmula, que nos leva a realidade de um jeito assustador,e é tão quase ridiculo,é tão até constrangedor respirar e a cada segundo soltar um suspiro dormente, uma nota desregulada, de uma música que nunca existiu.
As pessoas,nossos pais,nossos avós,nossos amigos,quem são eles ? aonde eles estão ?
nesse vácuo emocional que angustia talvez futilmente,me vejo sozinha em um palco escuro, aonde as grandes atuações, eram para mim, as grandes verdades.








Mas agora ganhei uma calculadora,então não vou ir tão mal nas provas de fisica.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vulneravelmente vulnerável

19:15


Hoje é uma sexta-feira,a última de maio,não que eu ligue para cada último dia da semana de cada mês,mesmo eu pensando em coisas desprovidas de importância,essa é uma das coisas que quase nunca noto,a não ser por hoje,e nem ao menos existe um porque,só lembrei,e nesses momentos,em que penso no último,no irreversível,como odeio essa palavra,e talvez indiretamente eu odeio o tempo,e talvez eu não odeie,talvez seja só um incomodo passageiro por algo que eu tenho que me moldar,mas será essa ânsia,um sufuco de fim de tarde,uma falta de ar causada por algo maior que as pareder brancas que estão sempre aqui em volta,maior que o concreto e as grades que nos prendem,maior que o vidro que encostamos nossa cabeça no ônibus,em um fim de tarde cansativo,maior que tudo isso,e ao mesmo tempo não é visto,nos prende de uma forma monstruosa sem as vezes nos darmos conta,não tem como se proteger,não tem como escapar,aceitar ? talvez,esquecer? possivelmente,e é isso,eu tenho pensado constantemente,se aproveitei cada pedacinho até agora,se eu tivesse mais iniciativas,ah,mas daí sempre caimos no se tivessemos feito,no pretérito imperfeito que sempre nos assombra,nessas conclusões indefinadas,sobre qualquer questionamento sobre a vida que se leva,e então decaio no meu clichê,na mesmice dessa última sexta-feira,na mesmice de todos os fins de tarde,e me concentro para conseguir um quê de impulso,mas as coisas só parecem claras e visíveis,depois que passaram,enquanto elas estão aqui,nem notamos.mas então,dizem que o tempo cura,mas e se ele for a doença ?

domingo, 23 de maio de 2010

GHOST WORLD




Os domingos sempre entediantes, me forçam a uma rotina previsível e inevitável, fruto da minha preguiça crônica de viver a realidade.
Pensando em filmes,vi que esse ano comparado a 2009,minha lista diminui drasticamente, o que antes era tão importante, ver filmes, ter filmes, até isso se desgastou um pouco ,mas, dos poucos filmes que vi esse ano, Ghost world (Mundo cão,tradução maravilhosa,como de costume)foi o que mais me fez refletir, talvez o filme que mais me apeguei por ora, pois ele simplesmente aborda os pontos principais de preocupação e angústia que ando tendo nesse ano, sem contar as características talvez um pouco bizarras que tenho em comum com certos personagens, e o mais legal é saber que o filme é baseado em uma história de quadrinhos underground americana, simplesmente genial.ok,ok,a história...

São duas garotas,Enid e Rebecca,que ao terminar o ensino médio,vem que todas as expectivas mesmo que pessimistas de vida,são bem piores do que elas pensavam.
tá,parece ser um drama-juvenil qualquer,se não fosse pelas pecularidades e detalhes quase que embutidos a cada pedacinho de cena,com diálogos de humor ácido e irônico,talvez até ultrapassando a genialidade e coerência de juno,se tratando da formação de piadas e trocadilhos provenientes de um humor negro.
Mas enfim,elas compartilham de alguns mesmos hábitos estranhos,como de perseguir pessoas estranhas na rua,admito que há dois anos isso era uma rotina,tenho até um post que relata uma das melhores perseguições que fiz,de uma das pessoas mais esquisitas que já vi.
Só que ao sair do ensino médio,elas precisam trabalhar,se querem sair de casa,precisam se adequar as regras, aos caprichos das outras pessoas, e Enid simplesmente não consegue, enquando Rebecca começa a trabalhar, se infiltrar nos modos, na massa ao qual inevitavelmente vamos fazer parte querendo ou não, e Enid entra em uma crise, pois ela não se adequa, e é bom ressaltar o relacionamento bizarro que ela nutre com um colecionador de discos de vinil fracassado,é surreal,ela simplesmente se vê em um abismo,e realmente gostaria de sumir...
O filme dá uma reviravolta beirando o sobrenatural,e atráves de uma metáfora fantástica ele demonstra um final ambíguo,os pessimistas verão de uma forma,e os otimistas de outra,obviamente não há dúvidas de qual visão eu tive.

sábado, 22 de maio de 2010

A coisa tá ficando preta,o céu já vai perdendo o azul...


Suspiro,entre as pausas livrementes cometidas pelas pessoas,nas palavras que mais parecem sair de um gravador milenar, de frases ensaiadas de sempre, para ser usadas para qualquer um.

Me surpreendo com qualquer bobagem,com o previsível que eu esqueci de cometer,e outrora fora tão comum, sendo agora a surpresa diária.

Comecei a pôr espaço depois da vírgula, mas a subjetividade é difícil de se deixar,as pessoas já são deveras objetivas por si mesmas e comigo,é sempre melhor se manter afastado.A subjetividade prevalece,o espaço depois da vírgula aos poucos se torna um hábito,assim como o hábito de reclamar,assim como o hábito de escovar os dentes apressadamente em vão.pois nunca tem nada para fazer depois.

É difícil fazer uma corrente de pensamentos coerentes e chegar a uma conclusão satisfátoria, que dê a sensação de conforto e bem estar, diante de nós mesmos, a confusão escolhe cenas,falas, e assuntos tão aleatórios, que mesmo benéficos a minha memória, burbulham em uma euforia desnecessária de nostálgia e engano.

Continuo com uma passividade contraditória, com uma obstinação ao nada, com um desespero oscilante, entre risos e lágrimas.e não tem como filtrar para isso ou aquilo,não tem como ir para lá ou para ali,ser triste ou feliz,querer ou não querer,a gente vai sem perceber,e nem vê por onde já percorreu,e quando quer o que não consegue,é por que teve simplesmente,e não complicadamente.

E meu caro ninguém, confesso que tive que olhar todo o texto antes de publicar a postagem, pois não coloquei o espaço depois de todas as vírgulas, por que não é um hábito, é só um capricho, para a mudança transparecer mesmo sem existir.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Estranhos desentendidos

Umidade é algo que faz tudo deslizar com mais peso e sebo,torna os hábitos pegajosos e me irrita com uma facilidade que até não disponho de palavras certas para descrever,tamanha minha adversidade com essa caracteristica que o ar muitas vezes,infelizmente tem.
Minha situação precária diante dos pequenos fatos cotidianos tem me dado um certo desdém perante os outros,um desdém com a própria vida,com aqueles risinhos toscos de esquina,com aqueles assuntos que vão a lugar nenhum,como se algum por esses dias fosse em algum lugar,a comunicação pode não ser o principal problema de um ser humano quanto a sua ausência,mas a falta de comunicação consigo mesmo é um problema a se questionar,e eu realmente não ligo mais os canais que fariam alguma harmonia interna dentro de mim mesma,e isso transparece,transparece tanto,e sei lá,ando afastando,afastando e quando vê foi...mas ainda existem notas,pessoas,filmes,recuperarei e ganharei humor.

Hoje fui tão grossa com uma estranha na rua,quase 12 horas depois me bateu um remórsio,eu estava atravessando a oswaldo a base de chuva,meu guarda-chuva em meio a ventania surpresa fez uma manobra radical e quebrou de uma maneira que um dos pedaços dele bateu na minha cabeça,e eu senti tanto ódio desse desastre desimportante,enfim,alguns segundos depois uma mulher de meia idade parou ao meu lado,e em meio toda aquele clima apocaliptico de chuva crescente e pânico pelas ruas,ela me disse,-"o tempo tá feio né ? com um sorriso no rosto.com um puta sorriso no rosto diante daquele caos urbano misturado com meu descontentamento com tudo isso e um pouco mais,e eu disse,é,ele reflete como nós somos por dentro.(?)
ela foi simpática,eu disse algo nada a ver,não tá fluindo,minha sintonia com a humanidade de uma maneira geral,sofreu um eventual abalo.
Não sou supersticiosa,mas acho que tais fatos não relatados e relatados recheados de desvios de lógica e sorte,tem algo a ver com uma escada,que passei embaixo,distraidamente,em meados de fevereiro. é,temos que nos agarrar em motivos plausíveis,e quando não há,temos que inventar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Uma saudade? De quando crescer parecia ser algo bom.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quando eu tinha algo como meia década de existencia,talvez com quase certeza um pouquinho mais,minha vó comprou uma torradeira,aquelas quais a torrada pula,igual aos desenhos animados,ou os seriados americanos de famílias equilibradas,de tez vermelha ao qual os sorrisos irritantes preencheram muita das nossas tardes,mas o que mais me interessou,foi a caixa de papelão,ao qual veio a já então tão esperada torradeira,minha vó nunca gostou de lixo,então logo a caixa iria embora do nosso pequeno apartamento entediante,mas eu e meu vô resgatamos ela desse adeus desnecessário a nós,e eu fiz uma filmadora com aquela caixa,cortei uma lateral fazendo um furo,e a outra fazendo um quadrado torto,quase rasgando ela e pondo todo plano a perder,colei com fita crepe umas tampas de coca-cola,seriam os botões,e a caixa aos poucos foi ficando cheia de fica crepe e durex,pois ela se rasgava,meu vô fez uns furos nas laterais maiores,e colocou um cadarço,assim eu andava com ela na rua,pendurada no pescoço,ou então segurando ela e filmando as coisas que não queria esquecer,mas que agora não dou nem um palpite do que seriam,pois não lembro.simplesmente não lembro,mas lembro do seu processo de criação,da minha vó reclamando da sujeira e dos pedaços de papeis no chão,e do meu vô rindo e fazendo de minha camera,algo inovador e realmente divertido,a memória não me falha na criação dela,nem na certeza de sua existencia,mas ao poucos,ela sumiu da minha vida,foi guardada em um canto,rasgando cada vez de forma mais destrutiva,os cadarços ficaram sujos,a lente que não existia,não moldava mais as paisagens da ida até a padaria,ou a pracinha cheia de crianças gritonas,e que fim ela levou ? Eu realmente não lembro a última vez que brinquei com ela,ela foi sumindo,porém sem ter um fim permamente,pois eu não lembro,então talvez essa lente invísvel,esteja filtrando minha realidade pacata até agora...
Eu penso,se nossos anseios quando criança,desejos,inspirações,conseguem durar até um longo tempo depois,mesmo uns dez anos depois de ter uma filmadora de papelão,agora ganharei uma de verdade,com uma lente que existe,com algo a mais,que fará eu lembrar das coisas que eu olhei atraves de sua lente existente,e eu penso,se lembrarei do fim dela,já que agora nesse exato momento,já lembro de um íncio que ela ainda não teve.
Acho que os fins nunca me fizeram bem,pensar no nunca mais,embora nunca e sempre sejam um clichê tão forte,mas tão desbotado ao mesmo tempo,sempre apertam meu coração e fazem algo se entalar na minha garganta,iguao a cena tragicomica,em que tendo um ataque de riso,me engasguei e comecei a chorar sem parar,loucura ? surto ? Acho que não,o riso está para o choro,assim como a euforia para a tristeza.

domingo, 2 de maio de 2010

Sabe,precisamos conversar.eu sempre ouço as palavras não ditas,e as considero as mais importantes e dignas de total realidade,heisitando loucamente em ouvir as palavras que realmente responderiam meus questionamentos travados,e isso faz eu viver no mundo das possibilidades,ao qual nada faço,só espero,e tem sido assim a tanto tempo,que só agora me dei conta,do quanto isso me faz mal.
Será que no próximo capítulo conseguirei exceder minhas expectativas ?
Hoje acho que não,afinal,é domingo e já tive uma reação esperada,mas que no domingo dói mais,do que nos outros dia da semana.

sábado, 1 de maio de 2010

É amanhã...

Domingo,o dia de amanhã se denomina domingo,e há muito tempo,essa palavra de três silabas assombra meu vocabulário precário,e eu nervosamente,penso no quanto seria bom a inexistencia de seu nome,nos dia da semana.
Talvez seja apenas um equívoco,para outras coisas,as vezes tenho pena do domingo.não é culpa dele em si,de exibirem a mil anos o faustão,e aquela angústia nos atingir até o fim de nossas entranhas,pertubando nossa distração e conforto,mas infelizmente,a culpa decaí a ele,e se torna um dia inevitavelmente odiado.
Aos domingos,eu levanto,sigo uma rotina dominical,melancolica salientada pelo marasmo que paira sobre todos os lugares que vou,no sábado eu posso ter sido ignorada,mas no domingo,isso é pior
na sexta posso ter sido menosprezada,mas no domingo é pior,na quinta posso ter sido confundida e desorientada,mas no domingo,ah no domingo isso seria muito pior,por que é o primeiro dia da semana,embora não pareça,e a ligação perigosissíma com a segunda,dói nos nossos afazeres,quase nunca feito a tempo,e agora,eu penso,o que farei ?
Pois sei que amanhã,tudo isso acontecerá,como no ciclo da vida,algo já quase biológico,e não há muito o que fazer quanto a isso,e talvez,eu me conforme,as reclamações cesam depois de um tempo,e de tanto desconforto,nos acostumamos com uma dorzinha ali,um tapa acolá,e o pior de tudo é que sobrevivemos até a segunda-feira,para contarmos a história.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ok,je suis perdu.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A umidade se foi,e a chuva também.

Agora o tempo úmido não mais deixa escorregar por entre nossos pensamentos,aquela oleosidade nauseante e entediante de lamento e mágoa,porém mesmo com o sol e o céu azul,o mesmo de muito tempo atrás,as mesmas descontentações e lamentos,parecem ainda estar junto ao vento frio que sopra a chuva para lá...
Talvez a umidade do ar não interfira tanto assim no nosso íntimo,e as responsabilidades começam a pesar,tornando impossível poder mergulhar totalmente nesse dia tão bonito de outono,um bom filme resolverá minha crônica insatisfação ? Mas não é uma insatisfação com a ficção...é mais real.

sábado, 24 de abril de 2010

je ne sais pas,je suis perdu.

Caminhando pela rua,enquanto algumas gotas,vestígio da chuva da noite anterior,ainda pingavam das árvores,a consiencia pesava,mais que a mala cheia de lembranças e desapegos,que se situava no lado esquerdo do seu peito.As palavras que antes expressavam tão bem o que se sentia,o que se queria,pelo o que se lutava,agora eram vazias,limitadas nos seus próprios significados,fazendo da ambiguidade,uma grande piada.E sem palavras,o silêncio ofuscava sua voz,e tomava conta de seus dias,de seus pensamentos,se perder entre devaneios sobre os estranhos que vem e que vão,porém de certa forma ficam,o acaso sempre persiste em unir os desavisados,mas tendo em mente a indiferença,a perplexidade inexiste,fazendo de todo o dia,o mesmo dia de sempre.
Seguindo por algumas esquinas movimentadas,contrastando com as travessas quase que inabitadas,estava quase no seu alvo de desejo,a inconstancia de vontades,fazia da heisitação uma lei,e do avanço uma dor, uma dor necessária,uma aceitação do ínicio do fim,enquanto descia uma lomba familiar,sentia cair também suas esperanças,seus risos desesperados se desprendiam e caiam de seus bolsos,e nada podia ser feito,pelo menos era assim que parecia a vida,um beco sem saída.
As pessoas tão entertidas com seus celulares,seus amantes,seus planos,reais,que iriam se tornar uma rotina amanhã ou daqui algum tempo,e iriam ser só mais alguma coisa qualquer,a qual se esquece que se almejou tanto,será que se davam conta daquele vazio ? Que não era preenchido com café,com cigarros,com alcool ou um filme bom,não sei,talvez estivessemos todos indo ao mesmo lugar sem nos darmos conta.
Então chegando no local,ao olhar a paisagem por cima,no viaduto,mais perto do céu,do que as pessoas distraídas na calçada,mirando o melhor ângulo para tal espetáculo,o melhor enquadramento para o fim,quase se posicionando de maneira perigosa,a ponto de chamar a atenção de outras pessoas,lhe veio uma garotinha ao seu lado,de tez branca e olhos azuis grandes e expressivos,ele perguntou o que ela queria,naquele momento,ela precisava ir embora para o grande feito,ela olhou para o céu,e lhe disse - Je ne sais pas,je suis perdu. e correu para os braços de uma mulher que parecia ser a projeção do que ela viria a ser daqui uns anos,e sem compreender porra nenhuma do que a garota tinha dito,tudo foi por agua a baixo,naquelas palavras incompreenssíveis,totalmente sem significado para seu conhecimento desbotado,ele encontrou uma conciliação entre as palavras abstratas,e seus sentimentos sem nome,e conseguiu achar um caminho mais fácil para casa,sem pegar ônibus,e não para o fim.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

SOS bom senso

A prefência para os blockbusters é algo ao qual eu não consigo entender,e algo pior ainda,que eu entendo,mas preferia ter um outro entedimento,menos triste,é por que esses filmes são o de maior saimento e divulgação,são apenas por terem como fardo um entreterimento vazio,o que importa não é a arte em si,mas sim a comercialização do "produto",sim,filmes como produtos,não como arte,efeitos especiais como manipulação,diálogos clichês,desfechos de sempre,mas algo atraí tanto as pessoas aos cinemas,sentadas com uma pipoca gigante e um refri tamanho familia,para depois esquecer do filme,e ter só matado o tempo em uma sala escura,sem nenhum outro significado se não o de um passeio no shopping,com um filme comum,será tão difícil perceber a essência perdida nesses atos ?
A questão não é a nacionalidade do filme,não é nem a qualidade técnica,a questão é a qualidade das idéias ao qual lhe são aprensentadas na grande tela,os rumos que os pensamentos seguem a partir da projeção e qual o impacto delas na vida que segue além da sala escura,isso sim,essa é a essência quase perdida,uma arte banalmente utilizada apenas para o lucro,para ser mais uma inserção de manipulação em massa e imbecialidade,o que é isso ? E gostar desses filmes,excluídos de divulgações e muitas vezes de dificil acesso,é tido como um rótulo para o pseudo-intelectualismo,e outros pseudos mais variados possíveis,mas eu acredito que tudo isso se resume a bom senso e nada mais.

E infelizmente,em porto alegre surge algo que só abastece mais essa epidemia de padrão blockbuster,não há questionamentos,o cinema mais uma vez digo,é sinonimo de lucro,passeio no shopping,sem o intuito de ir assistir um filme,não é arte,é um lazer superficial e nem um pouco necesário,e não há pessoas suficientes para não se limitarem a isso,ou então se existe,espero que tomarmos alguma providencia com o cinema guion,o cinema da olaria,ali na cidade baixa,que pelo prejuízo que tem sofrido pela falta de público e o aglomerado de seres bizarros aos domingos,impede o pleno funcionamento do cinema,e o guion,é o único lugar de porto alegre,que preza o cinema como arte e não lucro,que passa o verdadeiro ideal do cinema,e não o ideal desse sistema injusto que transforma arte em lixo,e lixo em arte.
Bom senso,é isso que precisamos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dos contrastes

Existem os otimistas,e os pessimistas,os felizes,e os infelizes,e existem as nuances.
existe o amarelo e o azul,quando misturados formam o verde,que misturado entre outras cores formam outros tons,outros constrastes visuais em nossas vidas,e existe o preto e o branco,o contraste perpétuo das contradições.e esse contraste está tão presente,entre a heisitação e o gesto em si,entre a boca que se abre,mas apenas suspira,engolindo as palavras que poderiam se tornar ar,mas elas fariam alguma diferença ?
A dúvida constante se torna um abrigo fundamental para nossos medos,que crescem,se alimentam,e se tornam grande demais para suporta-los,mas aonde devemos descarregar...não há um tato,nem uma hora certa para sentirmos a existencia deles,na verdade nem sabemos o que sentimos,mas na maioria das vezes dói,e deixamos para lá...deixamos do outro lado,mais a frente,mais atrás,tanto faz,a arte milenar do esquecimento envolta nossas escolhas,para um fim mais confortável,para um entedimento grandioso,mas sabe qual a verdadeira consequencia ?
os nossos tormentos sem nomes,que surgem do nada,e vão embora do nada,e como fizemos questão de fingirmos que esquecemos,nessa brincadeira,esquecemos de verdade seus nomes,e denominamos todos um amontuados de "medos",ao qual sem nomes,um a um,feitos um todo,jamais poderão ser exorcizados.
e pairam em um mal comum,em um conformismo tolo,em idéias sobrepostas por outras idéias idênticas,que por soarem sempre tão iguais,passam despercebidas,e assim em uma generalização barata e típica,torna todas as outras um contraste desgastado.

terça-feira, 13 de abril de 2010



Um bloqueio mental indefinido causa um certo eventual abalo entre minhas entranhas estomacais,e não são gases,são novidades.um borbulhamento excitante de coisas boas.das quais não sei expressar nada,só sei sentir.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

I never knew could get so dark





Em um século,em uma década,em um ano,em um mês,em um feriado,em um dia,nós respiramos,nós vivemos,escolhemos,falamos,pensamos,mas existimos ?


Não sei se existir é como um super poder,que ativamos quando caimos em queda livre,sobre a situação mais comum ou bizarra do nosso cotidiano,ou é algo tão normal,que não sentimos,por ser tão simples.

mas um pouco de chocolate,tv,e musiquinhas acústicas acabam com esse anseio,ou só o tornam mais latente...

terça-feira, 9 de março de 2010

Abraçando o ar...





Há muito tempo que isso vem a tona,e aparento não ver,esquecer,achar que a realidade é opcional,e a dor inevitável.
Tenho lido cartas,frases,textos,históricos,conversas,posts de ontem,de um ano,de tanto tempo que nem sei por em números,tenho visto fotos,videos,lembranças lúcidas,outras distorcidas por minha própria vontade,e tenho visto o pior disso tudo,as lembranças inventadas,aquelas que me fariam feliz,mas não fizeram,pois nunca aconteceram,e sinto que minha felicidade é sugada por essas mesmas,que na verdade são irreais.Ouço músicas,leio poemas,ensaio as mesmas palavras diante de mim mesma,esperando a hora certa que nunca chega,para reproduzir o surpreendente desfecho,daquilo que nunca existiu,e quiçá,nunca existirá.
Me perco nas entrelinhas abertas somente para os tolos,e talvez finjo,acho que meu script é o inevitável,quando na verdade,o roteiro está nas minhas mãos,em branco,por que ninguém pode fazer ele,além de mim mesma.
E eu penso que na verdade,se existe uma que possa ser confirmada,que eu existo,e a minha vida se limita a arte,ou não ? ela se resume em apenas minha existência,a essência simplesmente paira entre nós,e de nada ela tem de artistíca,o que tento dizer,é que esse mundo,essa realidade,está a minha frente,mas cabe a mim abrir ou fechar as cortinas,subir ao palco ou ser uma expectadora assídua,deslumbrada,que vê refletida a si mesma,só que com lembranças,com fotos,com desfechos,que não são meus.mas que se fossem,me fariam feliz,aquela subjetividade poética,a frase surpreendente caindo ao piegas no primeiro encontro,não sei,as coincidencias que nos enganam,as expectativas indo por agua abaixo,e no último momento,se tornam reais,e então um sorriso real,mas não meu.
as outras pessoas ao meu lado,aos pouco esvaziam a sala,elas fazem parte da projeção,me encanto com suas piadas e narrações incovenientes,enquanto como minha pipoca,mas vejo que aos poucos estou sozinha,e todos aqueles momentos,reflexões,dúvidas,não podem ser compartilhados,não vão ser compreendidos,pois eu não posso atravessar a tela,enquanto não vejo,que ela só é real,se eu estiver nela.
Então mais uma vez o filme acaba,eu levanto e vou embora,saindo por onde todos saem,pensando que a minha vida é limitada a arte,quando na verdade,ela é limitada em mim mesma.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

LETS TALK ABOUT MOVIES !



Em meio a pensamentos deprimentes causados por acontecimentos passados,de um mês de fevereiro quente e traiçoeiro,vi que minha falta de foco é algo incrivelmente inacreditável,e talvez seja isso que impede o ideal crescimento e realização dos meus objetivos.
Eu deveria falar sobre filmes,minha vida,minhas paranóias e meus problemas levianos levados em consideração a protagonista do filme que deverá vencer o oscar,Preciosa,são em suma um nada.
Mas sinto a vontade de traduzir minhas entranhas aqui,por que sei que ninguém ler,e terapia tá caro,puta que pariu.rs

Nessas férias fui bastante ao cinema,mas senti uma leve preguiça de assistir filmes em casa,talvez por que,não sei,nessas férias eu menosprezei a solidão um pouco,e deu merda 8D

Mas a questão é que vi Preciosa,eu estava meio receiosa em ver o filme,por que ele aborda elementos realmente fortes,e se envolver na trama é quase sempre inevitável,entonces eu iria experimentar emoções meio sombrias.
Preciosa surpreende,pelo sorriso que tu pode dar no final da sessão,mesmo depois de ter acontecido tudo e mais um pouco,ela superou,ela continuou vivendo,quer dizer,as vezes levamos um pé na bunda ridiculo de alguém que nem gostamos tanto assim,e já ficamos bem cabisbaixos com crises existenciais diabólicas (ou é só eu que sou assim?)

Enfim,Preciosa desdenha de nossos problemas cotidianos,e mostra uma realidade que existe,e que nem sempre tem um final feliz,ou pelo menos confortador,não sei podemos fazer a diferença,como a Professora de preciosa,mas acho que cabe a nós ter uma visão mais critica e menos egocentrica do mundo,afinal,podemos nascer e morrer sozinhos,a solidão prevalece,mas agora no durante,podemos ser boas companhias...ou não,sei lá.só sei que falei sobre filmes,é um passo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sorry for laughing There's too much happening

Não é possível mergulhar de cabeça nos pensamentos das outras pessoas,é sempre um mergulho frio
que dá em uma superfície sólida,que dói mais que a insegurança de não saber,e quando se da conta que mesmo tendo mergulhado,a inexistencia de certeza ainda é saliente e provocadora,a sensação é de ter sido engolido por um buraco negro infinito,que suga a realidade plena e confortável,e mostra a desordem de sentimentos e pilhas de embaraços,aos quais estamos a deriva,em um grande mar de decepções.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010






Não é que eu queria um holofote me pondo em evidencia,quando entro em cena nos meus dramas particulares,mas no minimo que fosse uma vela,para poder iluminar meus pensamentos,e achar uma saída plausível da escuridão das incertezas,isso iria me confortar,de verdade.


e o mês de fevereiro se vai...
e a euforia também ?


e a semana se vai...
e a esperança também ?

e o ano mal começou...e já sinto que o peso dos dias é relativamente grande diante de mim.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As vezes a nossa existencia persiste em ser algo desbotado,em um ápice de surpresa e felicidade,vem a ansia do desespero e da imaturidade,e mesmo esses extremos tão fortes,somos tão desbotados,caminhando pelas ruas,em casa,com as cabeças baixas,os pensamentos alardes,os ouvidos transbordando reclamações,os olhos visualisando decepções,e o drama ápatico nas notíciais,e a banalidade nos teus próprios sentimentos,e as músicas traduzindo tantas coisas,mas o anonimato tão extremo recolhe as esperanças,e a heisitação constante colide com a barreira de arrependimentos,e é inevitável se sentir só,mesmo com o barulho e agitação de uma metropole.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Atrasada como sempre...um brinde a 2009,de cafeína...



Vinte dias já se passaram,e algumas horas,minutos,segundos...enfim,2009 se foi,e já faz uma década desde o suposto fim do mundo,já faz uma década que estamos no século XI,ainda não é comum carros voadores,robos sendo nossos melhores amigos no jardim de infância e escadas rolantes intergaláticas,mas tivemos avanços notáveis,a ambição humana cresceu de maneira descontrolada,a ira da natureza tambien,minha inércia diante da vida cresceu também,tenho que admitir.Os filmes de certa forma mudaram,muitos filmes bons,mais ainda ruins,alguns importantissímos,outros esquecidos,porém não menos importantes,o esquecimento não é pleno,sempre tem alguém que lembra,muitos filmes marcaram minha vida,foi nessa década que a sétima arte se tornou o topo das minhas paixões,se tornou uma fuga da realidade,uma lupa para a realidade,uma satisfação,uma frustração,se tornou algo irreversível na minha vida,muito mais que um lazer ou uma futura profissão.Eu mudei,tenham certeza disso,nem para melhor,nem para pior,a mudança sempre tende a cair para os dois lados,ela não é um momento e sim a decorrencia de vários fatos,que nunca param de acontecer,e por incrivel que pareça,mesmo que eu sei que metade do mundo já me ouviu reclamando,já ouviu minhas trágicas peripércias desimportantes,eu tenho muitos motivos para rir,e não sei se é felicidade,acho que não,mas é algo parecido,não pretendo sair do mundo da lua,as ritalinas não deram muito certo,assim como em 2009 entraram na minha vida,em 2010 sumiram,mas de vez enquando eu dou uma procuradinha no armario da cozinha...sabe como é.
2010 segundo um mentor muito querido,é um ano de passagem,não vai ser o ano mais importante da minha vida,mas vai ser o caminho para ele.e é isso,como sempre atrasada e avoada,me despeço de 2009 com um simples aceno,e um chute na bunda de todas as coisas que com ele,vão ficar para trás.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Já não quero mais brigar,as criticas não me cobram mais
quero a paz,quero o colorido desses dias tão quentes,e no fim
tão entediantes,mas só são por eu quero,as palavras não devem
ser engolidas,os risos não devem ser ensaiados,quero a expontaneadade
não quero ter ciumes,não quero tanto assim a exclusividade
só quero a sensação agradável,tão boa,de alegria,de suavidade.
é isso que falta,otimismo. :)